Imagine as maravilhas que poderá alcançar, se enfrentar um desafio.

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Essa região que você vê na foto e que parece uma pintura é a Capadócia, na Turquia.

Quando eu e minhas amigas estávamos planejando a viagem e decidimos que um dos países seria a Turquia, pesquisamos tudo o que tinha de interessante para conhecer e encontramos informações demais, o difícil foi escolher e incluir locais e passeios essenciais no roteiro.  Estava resolvido: Istambul, Bodrum, Capadócia e Pamukkale: um pouco de cada coisa, uma mescla de sensações, de emoções, de experiências e de aprendizados estava por vir.

Ainda no momento da programação eu já tinha decidido que não iria fazer o passeio de balão na Capadócia, pois é algo que eu tinha um certo pavor…. e além disso era um passeio que sairia às 5 da manhã, no frio.

Vou te contar uma coisa: que país maravilhoso e culturalmente rico! Era uma novidade a cada dia, uma surpresa atrás da outra, sensações espetaculares, indescritíveis.

Então eu vou dizer o que eu tive que enfrentar e como valeu a pena a experiência do passeio de balão pela Capadócia.

Éramos 5 (cinco) amigas viajando e a cada cidade ou região (onde já estávamos com hotéis reservados), fazíamos o planejamento daqueles dias e assim aconteceu lá na Capadócia. Sendo assim, tínhamos que fechar o passeio de balão, pois era o mais indicado e a data disponível seria no dia seguinte. Eu já estava com muito medo de ir, mas confesso que depois do primeiro dia ao conhecer a região, fiquei deslumbrada com tudo aquilo e até cheguei a cogitar a hipótese. Minhas amigas insistiram e ainda disseram que era melhor eu ir até lá e qualquer coisa só esperava por elas ou senão me sentisse bem, eu desistia ou ainda quem sabe era possível pagar na hora. E uma das coisas que eu pensei foi a seguinte: eu ir até lá, ver as minhas amigas adorando o passeio e depois me contando o que eu perdi também seria difícil demais…. talvez a melhor opção seria ficar no hotel/caverna mesmo.

Mas quando fomos olhar para acertar o passeio, nada disso era possível: ou vai ou racha!!! Se eu pagasse, o dinheiro não poderia ser devolvido, eu não poderia decidir lá, pois a quantidade de pessoas já era fechada tanto da van quanto no balão. E o valor era alto para eu desistir: acho que uns 200(duzentos) euros na época (foi em 2013). Então optei por pagar e fazer o passeio, pois eu poderia me arrepender depois e não teria mais jeito, seria a única chance.

Só como esclarecimento: foi antes do acidente que ocorreu lá, inclusive com uma brasileira.

De certa forma aquela decisão já significava para mim uma grande conquista e eu estava feliz por isso e ansiosa para chegar o dia seguinte. Fomos dormir cedo, pois às 5 da manhã saía a van para o campo dos balões.

Ao acordar foi aquela correria para colocar um tanto de roupa uma em cima da outra, pois a temperatura estava bem baixa àquela hora da manhã. Chegamos ao campo dos balões e lá estavam as vans com pessoas de várias partes do mundo querendo fazer o passeio e presenciar o espetáculo que nos esperava. Tinha um café da manhã “meia boca” para os que aguardavam o enchimento dos seus respectivos balões.

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Nesse momento as minhas mãos suavam frio e meu coração estava disparado, respiração difícil….. Eu já conhecia essa sensação corporal que significava medo, perigo à vista…. Porém eu tentava distrair conversando com as meninas e observando as pessoas ao redor, vendo os balões partindo e o sol ameaçando sair do escuro do céu. Além de começar a respirar profundamente….

Cada balão continha várias baias onde cabiam algumas pessoas lá dentro e eu percebi um clima tenso, pois os balões deveriam começar a voar antes do amanhecer e era muita gente, muitos balões… não sei como eles organizavam isso direito, não consegui entender…..até porque nós percebemos que restavam poucos balões e ninguém tinha ido nos chamar ou nos encaminhar para o nosso balão. Então saímos tentando nos comunicar com a língua universal dos sinais e palavras em alto tom para descobrir onde iriam nos colocar. E então restavam alguns último balões, os quais estavam quase lotados e o organizador (se é que se pode chamá-lo desse nome) nos apontou onde deveríamos subir. Só que nesse momento começou a me dar um desespero ainda maior, pois vi que não tinham baias livres suficientes para nós juntas e iríamos separadas e talvez em balões separados…..

Nesse exato momento, eu chamei a minha amiga e disse que não iria se fosse assim, todas separadas e eu sozinha num balão com pessoas totalmente estranhas….de jeito nenhum. Aí começou a confusão, pois queríamos ir todas juntas e pessoas de línguas e culturas completamente diferentes da nossa começaram a gritar e não queriam nos deixar entrar no balão alegando que ficaria desconfortável (Altas: a culpa não era nossa…).

Nesse momento, sinceramente, eu comecei a chorar, pois já estava com um nó na garganta por estar enfrentando um desafio daquele tamanho e ainda surgiram mais obstáculos …..eu realmente não estava pronta. Aí tentei me comunicar com o “organizador” e disse que queria meu dinheiro de volta e que era um absurdo e chorando, chorando……Foi um verdadeiro estresse, até para as minhas amigas, que também não queriam ir sozinhas……

Por fim, umas almas boas que estavam no balão (umas senhoras espanholas) perceberam o que estava acontecendo nos chamaram e disseram que cabiam duas lá…. os outros balões subiram e só nos restava esse.

O organizador começou a conversar  em turco de uma maneira que pra mim era grosseira e acabaram enfiando nós todas lá dentro. No total fomos 24 pessoas no balão e eram seis baias, sendo 4 em casa. Fomos esmagadinhas, mas isso me deu um conforto, pois fui junto e de mãos dadas com a fofa da minha amiga, enquanto as outras acompanhavam do outro lado. E assim me senti mais protegida para a aventura, que começara…

 

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No início eu mal me movimentava, mas quando comecei a ver aquela maravilha de cenário, não me contive e comecei a tirar fotos.

Naquele momento todos estavam em silêncio, apenas admirando. E  eu me senti mais perto de Deus, eu senti tanta gratidão, mas tanta, que não cabia em mim tamanha emoção que senti: primeiro por ter tido forças depois de tantos obstáculos e do grande desafio que significava aquele passeio, segundo por ter a oportunidade de presenciar aquele cenário indescritível, terceiro por ser privilegiada de ter essa oportunidade de viajar para tão longe, quarto por estar junto de pessoas especiais e poder dividir esses momentos, quinto pelo criador dessa natureza exuberante.

O sol nos aquecia ao mesmo tempo em que  tornava mais visível e real aquele momento mágico.

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O que eu aprendi e quero passar para você  é que quando enfrentamos um desafio, um medo que nos aprisiona e nos impede de seguir em frente; e em seguida o enfrentamos e experimentamos o desconhecido, é possível vivenciar situações incríveis.

A minha dica é: se você tem algum grande desafio que parece intransponível, você pode conseguir ultrapassar isso. Senão consegue sozinho, existem técnicas de hipnose nas quais são trabalhados esses medos, fobias ou qualquer outro sentimento ou sensação que te imobilize.

Se você me perguntar como eu consegui isso, eu digo que foi muito graças à hipnoterapia, à auto-hipnose e ao poder pessoal e interior que venho desenvolvendo na minha vida, sobretudo naqueles dias. Além do apoio de pessoas queridas e que nos fazem sentir protegidas.

Você pode até pensar: comigo é diferente, não me imagino fazendo uma coisa similar à essa. Sim, talvez o seu caso ainda precise ser melhor trabalhando antes de você “dar a cara a tapas” como eu fiz. Eu tinha um propósito maior para enfrentar esse desafio: a única experiência de viver algo similar. Naquele momento o prazer venceu o medo.

Então, tenha claro para você esse propósito maior, o que você vai alcançar se ultrapassar esse obstáculo, se enfrentar esse desafio. E perceba o que está deixando de viver por se manter estagnada com essa fobia ou paralisada pelo medo. Isso tudo tem jeito!! A hipnose é um método excepcional e que gera resultados incríveis.

Ainda enfatizo:  se eu consegui, você também consegue! Depois de muito fazer terapia com hipnose comecei a me dedicar à esse trabalho para ajudar muito mais gente a enxergar um mundo colorido e mágico como esse.

Quando vejo as fotos me lembro da emoção que senti ao final do passeio de balão e das palavras que falei: foi a melhor experiência da minha vida! Nunca tive tamanha sensação de plenitude, de paz, de realização. Inexplicável.

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