Gentileza e bom humor – dentro e fora do ambiente de trabalho

A gentileza e o bom humor estão cada vez mais ausentes em nossa sociedade competitiva, que tende a sobrepor o comportamento individualista em detrimento do bem comum. As pessoas estão estressadas e fazem de tudo para conquistar o que desejam, querendo levar vantagem a qualquer custo. Fatores como a competitividade, a pressão pelos resultados e produtividade aumentam o individualismo, a agressividade e também o mau humor por todos os lados. Nesses casos, o bom humor e a leveza acabam sendo sufocados por uma praticidade áspera e indelicada. A grosso modo, podemos dizer que as pessoas falam e não querem ouvir ou apenas escutam o que lhes convém, pensam e agem apenas em benefício próprio, deixando de lado a cortesia e a delicadeza com os outros, seguindo a ideia de “só faço se eu ganhar algum benefício imediato”.

Passamos a maior parte do nosso dia no ambiente de trabalho, cercados por pessoas de diferentes personalidades, temperamentos, valores e experiências de vida. Sendo assim, é necessário praticar a empatia e atitudes positivas, que contribuam para um dia a dia mais leve e feliz. Conviver com pessoas desagradáveis, seja em casa ou no trabalho é sempre desgastante. Por outro lado, compartilhar um local, uma atividade ou uma vida com alguém bem-humorado, gentil e atencioso é extremamente prazeroso. O mal humor contagia negativamente as pessoas à sua volta e intoxica o ambiente. Da mesma maneira, o bom humor também é contagiante.

A falta de gentileza e o mau humor são prejudiciais tanto para as empresas quanto para o colaborador. Muitas vezes as pessoas usam o stress como desculpa para se comportarem de maneira indelicada. Segundo o sociólogo holandês Ruut Veenhoven.  “Nada garante a felicidade, mas algumas coisas podem nos ajudar muito a viver bem, principalmente a qualidade da convivência que temos com as pessoas mais próximas. A competência para conviver pode ser uma grande aliada da felicidade.”

Apesar de todos esses eventos que têm ocorrido como tragédias, catástrofes, pobreza, contaminações, injustiça e outras mais, nada justifica uma pessoa estar constantemente mal-humorada ou desrespeitar outrem. E saiba que é possível ser bem-humorado e gentil, mesmo em situações ou condições adversas.

A grosseria e a falta de gentileza adoecem as pessoas, impactam nos seus relacionamentos pessoais e profissionais e, segundo o sociólogo Ruut Veenhoven, na felicidade do indivíduo. Ambientes humanizados, onde prevalece o respeito fazem com que as pessoas produzam mais, sejam mais saudáveis e menos estressadas. Estudos revelam que, colaboradores que vivenciam incivilidade no trabalho, têm menor comprometimento com a empresa. O autor Lars Andersson define civilidade no ambiente corporativo como sendo os comportamentos que ajudam a preservar as normas de respeito mútuo no local de trabalho; a civilidade reflete a preocupação com os outros. A incivilidade no local de trabalho pode ter um impacto sobre a produtividade e o comprometimento com a empresa.

O livro “Escolhendo a civilidade: as vinte e cinco regras de conduta atenciosa”, de P.M. Forni, fornece dicas para se tornar uma pessoa mais gentil, tais como: “pense duas vezes antes de pedir favores”, “respeite a opinião dos outros” e “faça críticas construtivas”. Todas elas podem ser colocadas em prática para que você possa se conectar com os outros de forma mais positiva. Uma maneira simples de se tornar uma pessoa mais atenciosa é refletir como suas ações afetam os outros e, além disso, pensar como você gostaria de ser tratado se estivesse no lugar do outro.

Importante considerar que, muitas das pessoas que se comportam de maneira grosseira, sem civilidade, estressadas ou mal-humoradas não têm a percepção disso. Assim, é preciso entender o próprio funcionamento e fazer uma autoanálise para identificar as próprias atitudes, saber como administrar as emoções, provocar mudanças de comportamento, fazer o bem sem esperar retorno, ter empatia e compaixão. Isso é um exercício diário. É o desenvolvimento de competências. É viver o aqui e agora na busca deste estado de satisfação e equilíbrio.

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