Seguir o padrão não garante sucesso, seja diferente!

O que caracteriza uma pessoa fora do padrão? É uma pessoa que sai do que é tradicional, do que é esperado, que não segue a boiada, ou seja, a maioria. Padrão é um modelo a ser seguido e existe o padrão perfeito, que é constantemente sustentado pelas mídias.

Precisa de coragem para ser diferente, para ser único e atuar na sua própria essência. Por quê isso? Porque somos questionados, somos cobrados, tipo como se fôssemos obrigados a seguir aquele trilho, o rastro dos outros, algo já imposto, seja pela sociedade, pela cultura, família ou religião. E na maioria das vezes, as pessoas precisam se sentir pertencentes a um grupo, a uma comunidade e acabam embarcando nessa para se sentirem aceitos. E as consequências para as pessoas sustentarem um padrão são terríveis: as pessoas desenvolvem baixa autoestima, sofrem, pode gerar depressão e até suicídio.

A minha experiência pessoal é que eu sempre quis me destacar, queria ser notada, ser especial.  E para isso eu tinha que mostrar que eu era diferente, senão eu ia competir em atributos que eu não era beneficiada, por exemplo altura, beleza, performance no esporte. Um exemplo positivo foi a matemática. Eu era uma das melhores alunas da sala na escola em matemática, porque eu praticamente só estudava essa disciplina,  era aquela em que a maioria ia mal e eu tinha afinidade, estudava,  ia bem nas provas e me destacava. Então, desde nova eu fui criativa para arrumar maneiras de me destacar da maioria, busquei ser diferente e eu criei até um slogan na infância , que era: tudo que é diferente, é melhor. Eu tentava levar mais gente pra lá, mas a corrente ainda era muito forte para o lado da maioria.

Outra coisa, por exemplo, eu tinha receio de dar cola e não achava justo, pois eu estudava e depois tinha que dar de mão beijada para os outros? Eu era estudiosa e ia bem na maioria das provas, não precisava colar e não queria correr esse risco para os outros e muitas vezes era chamada de egoísta. Então, eu inventava maneiras de colar que ninguém mais conseguia repetir e eu era aceita ( porque colava) e distraía os colegas com a minha prática: usava um espelho durante as provas para ler as respostas dos outros que estavam sentados atrás (de mentirinha!). O legal era colar e dizer que passou sem estudar nada! – essa é a cultura do nosso país, a qual eu nunca me enquadrei…. E se você é bom aluno, não cola e ainda não passa cola, então era desprezado, marginalizado.

Outra coisa considerada fora do padrão foi a minha escolha acadêmica. Eu tenho duas graduações em  engenharia: mecânica e de alimentos. Quando eu entrei para a faculdade, naquela época, tinham pouquíssimas mulheres, numa sociedade extremamente machista. Me lembro inclusive de ser aplaudida ao caminhar para o palco durante os eventos de  formatura.

E eu era fora do padrão, estudava e tirava boas notas e trabalhei na área, só onde era lugar de homem, eu tava lá. Se alguém me falava algo do tipo: você não consegue, não é lugar pra você, era um incentivo para chegar lá.

Outro ponto que me considero fora do padrão é por ser solteira , escolhi não casar e não ter filhos. As pessoas estão sempre querendo me levar para o tradicional, para onde a maioria está e eu não vou. Não se trata de ser do contra e sim de fazer a escolha sem se preocupar no que os outros vão pensar, segundo os meus valores.

Acho que o mais importante é  o aprendizado que você obtêm por ser fora do padrão. E até hoje eu não gosto de copiar, eu posso tirar ideia do que eu vejo, mas sempre insiro um ingrediente autêntico. 

As pessoas de sucesso pensam e agem diferente da maioria, usam a criatividade, enxergam as oportunidades, ousam, acreditam e por isso se sobressaem.

No programa Revista BHNews, do qual eu, Isabela Capelão, sou colunista,  o assunto foi #ForaDoPadrão.  A Rachel Antonini comandou um bate papo super interessante no quadro  “K entre nós” com a minha participação e dos convidados Bruno Santiago, do livro ” Pai tem que fazer de tudo” e Luiza Alvernaz, tatuadora da Pietà Tatuagem .

O vídeo do programa já está disponível no Youtube. Aproveite para inscrever-se no canal Isabela Capelão.

 

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